PORTAL TERRA, EDUCAÇÃO, 05/12/2013
Após ficar de fora das 10 melhores universidades entre países emergentes, ranqueadas pela Times Higher Education (THE), o governo brasileiro apontou divergências sobre a metodologia usada pela instituição. Segundo o presidente do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep), Luiz Cláudio Costa, alguns fatores da realidade brasileira são avaliados de maneira negativa.
Dentre as queixas está o fato de o critério estrangeiro considerar negativo um elevado número de alunos por professor nas universidades, enquanto o Brasil tenta justamente ampliar o acesso ao ensino superior. Outro ponto divergente é o equilíbrio entre cursos de graduação e de pós-graduação. Para o instituto, quanto menor a diferença, melhor. O governo alega que há uma política de ampliação dos cursos de graduação, o que faz necessariamente com que essa diferença se amplie.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, destacou também que os programas de iniciação científica – característicos do ensino superior brasileiro – não são considerados pela Times Higher Education. A avaliação do governo é a de que o Brasil está bem entre os emergentes, mas que poderia estar melhor se a metodologia fosse ajustada.
O ranking THE avaliou universidades de 18 economias emergentes, das quais fazem parte o grupo formado por Brasil, Rússia, Índia e China (Bric). Dentre as brasileiras, a mais bem colocada foi a Universidade de São Paulo, em 11º lugar. A China foi destaque no ranking, com 23 instituições de ensino na lista, inclusive as duas melhores colocadas.
O Brasil, por outro lado, aparece com quatro universidades entre as 100 melhores das economias emergentes - além da USP, aparecem Unicamp (24), UFRJ (60) e Unesp (87). O segundo país com maior número de universidades no ranking é Taiwan, com 21.